Um espaço dedicado às minhas presunções e reflexões sobre os mais diversos filmes que eu, viciado em cinema, vi, vejo e verei. Assim, posso tentar estipular um debate bacana sobre o cinema em si.

quarta-feira

Volta de longo e tenebroso inverno

Volto depois de longo e tenebroso inverno (exceto pela Copa, q foi legal e faz a Terra parar, assim como o Superman quando voa em sentido contrário à rotação da Terra), e voltei vendo vários e diversos filmes:

CINEMA:

- X-Men 3 - O Confronto Final **
De: Brett Ratner
Com: Hugh Jackman, Halle Berry, Ian Mc Kellen, Patrick Stewart, Famke Janssen

Primeiro vamos dar descontos:

- A pretensão dos produtores de resumir a Saga da Fênix Negra em um filme
- O troca-troca de diretores em cima da hora entre Superman e X-Men (e X-Men saiu perdendo de muito)
- O excesso de personagens num filme só, mesmo q bem escolhidos (O Anjo foi um desperdício bizarro!)

Agora vamos ao filme: Achei, sinceramente, inferior aos demais, principalmente porque X-Men 2 foi MUITO bom, e abriu várias possibilidades, e esse filme não agarrou nenhuma, fez resumos de várias histórias, achei q ficou uma colcha de retalhos. Já os efeitos especiais e de som são muito bons, Magneto aparece finalmente em sua plenitude dos poderes.

Mas no final das contas, deu aquele sentimento de que faltou algo, faltou um Tchan para o filme manter a pegada. Uma pena, e tomara q a série se recupere em conteúdo (pq na forma até q se manteve).

- DVD

- MATCH POINT ****
De: Woody Allen
Com: Jonathan Rhys-Meyers, Scarlett Johansson, Emily Mortimer, Brian Cox

Dizem q em termos espíritas (relembrando: sou ATEU), tem pessoas q não batem com outras, antipatia espiritual talvez. E eu assumo q tenho isso com as obras de Woody Allen. Bem, na verdade tinha: Match Point me salvou dessa linha.

O roteiro é maravilhoso (embora bem baseado em Pacto Sinistro, de Hitchcock, e no livro Crime e Castigo, do Dostoievski), as atuações representam bem o q Woody Allen queriam nos personagens, em especial o triângulo principal.

E o jogo amoroso, conflitante com os jogos de interesse social, de Chris (Meyers) é o grande lance do enredo, q nos coloca realmente numa espécie de jogo de tênis, onde a sorte se mostra fundamental. E Scarlett Johansson, sedutora e irritantemente irresistível, tanto na beleza quanto na atuação em si.

Vale destacar também a dupla de policiais no desfecho do filme, lembrando o bom e velho humor britânico

Curiosidade: Kate Winslet (Titanic) poderia fazer o papel de Chloe, esposa de Chris. O filme ganharia muito com sua presença!

- O EXORCISMO DE EMILY ROSE ***
De: Scott Derricksson
Com: Laura Linney, Tom Wilkinson, Campbell Scott

Primeiro aviso: é um filme de tribunal. O que o faz um filme de terror é o que está em julgamento: um padre é julgado por desprezar medidas médicas e praticar o exorcismo em jovem (com a anuência dela e da família), que acaba morrendo. E é baseado em uma história verídica q aconteceu nos anos 70 com uma jovem alemã.

O interessante no filme são os fatos trazidos de cunho antropológico e médico sobre o exorcismo, além da eterna discussão da ética no Direito e também da atuação da Arquidiocese em casos polêmicos. Vale uma conferida se tiver resistência a uns sustinhos.

NEM TUDO É O QUE PARECE **
De: Mathew Vaughn
Com: Daniel Craig, Michael Gambon, Sienna Miller

Na verdade aluguei esse filme pelo q vendia-se sobre ele: que é um filme do mesmo estilo de dois clássicos: Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes e Snatch. Porém, começa que o diretor dos dois clássicos, Guy Ritchie, teve que abandonar o projeto por problemas pessoais (leia-se Madonna). E o filme, por isso, não segue o mesmo ritmo dos outros dois.

Tem pontos interessantes, como o estilo de narrativa pelo protagonista (Daniel Craig, que não tem carisma nenhum, tô com medo do novo James Bond que vem por aí...), algumas tomadas de câmera, mas a história é confusa e lenta demais para o estilo que o filme vende por aí. Ou seja, o título do filme retrata bem o que é o filme: nem tudo é o que parece....

DOMINO *
De: Tony Scott
Com: Keira Knightley, Mickey Rourke, Delroy Lindo

Uma história verídica muito interessante: filha de ator hollywoodiano com modelo rompe com seu estilo de vida ao largar a vida burguesa e entrando no mundo dos caçadores de recompensa. É difícil de acreditar, mas a base da história é verídica.

Porém, o que há de interessante nesse filme para por aí: Tony Scott repete á exaustão o estilod e filmagem q fez em "Chamas da Vingança", e isso dificulta tentar gostar do filme, quem me conhece sabe como é difícil eu não gostar de um filme. As piadinhas com "Barrados no Baile" também cansam, e as cenas de ação me lembram a câmera de Bruxa de Blair.

Enfim: Tony Scott já foi melhor...

Na próxima faço um pacotão M. Night Shyamalan, com minha opinião sobre Sinais, Corpo fechado, Sexto Sentido e A Vila, só para aquecer para a estréia do novo filme dele, A Dama na Água, que deve estrear daqui a pouco nos cinemas por aqui.

E ainda comentarei A Janela Secreta, com Johnny Depp, e A Morte e a Donzela, esse uma relíquia de Roman Polanski, com a Sigopurney Weaver.

Buenas,

Cadu